EMPREGO Especialista alerta para existência de pouca fiscalização laboral
Casos de assédio moral
no trabalho aumentam
Situações não são
fáceisde detectar
por se confundirem
com os conflitos que
ocorrem no trabalho.
PATRÍCIA SUSANO FERREIRA
pferreira@destak.pt
Obrigar os funcionários
a cumprirem objectivos
muito elevados, submetê-los a
reestruturações radicais ou
criar situações de trabalho
difíceis ou que os fragilizem
são alguns dos exemplos de
assédio moral, umfenómeno
que tem vindo a aumentar
no País e que é dificilmente
detectado pelas autoridades,
revela umestudo da UniversidadeAutónomade
Lisboa.
«Há dificuldade metodológica em identificar
e distinguir
situaçõesde assédiodas situações
conflituais normais que
ocorremno trabalho.O ponto
comum a todas as definições
de assédio moral é o carácter
de intencionalidade do fenómeno.
É praticado com o intuitode
fragilizaraspessoas»,
sublinhou à Lusa o coordenador do estudo
‘Assédio Moral:
estratégias, processos e práticas
de prevenção’.
A piorar o cenário, já de
si delicado, está o facto de
existir pouca fiscalização
deste tipo de comportamento
e a falta de testemunhas,
acrescenta Rui Moura.
No sentido de facilitar a sua
identificação e resolução, o
especialista diz que é importante
«estabelecer e delimitar
com clareza os alcances e limites do
conceito, pelo menos
ao nível europeu».
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